Referência - Jogo do Jardim Botânico

Resumo

A região de Costa Barros possui o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) mais baixo da cidade do Rio de Janeiro. As pessoas convivem diariamente com a violência em todos os sentidos. O projeto surge na tentativa de desenvolver, através das teorias de Albert Brandura, Henry Wallon e Franco Lo Presti Seminério, o imaginário, vocabulário,desenvolver a afetividade, a reciprocidade entre os alunos e o seu meio. Essas dimensões serão aprefeiçoadas através da elaboração de um game inteligente com alunos do segundo segmento do ensino fundamental de duas escolas da rede municipal de ensino
localizadas naquela região. Para o desenvolvimento desse game, foi iniciado um trabalho de otimização do imaginário, através do incentivo a leitura de gêneros literários, criação de histórias, exibição de filmes, desenvolvimento de experimentos no laboratório de ciências e aula passeio. Para o jogo foi iniciado aulas de programação em phyton e utilizam o prezi para elaboração dos cenários e a narrativa do jogo. Com a finalidade de
testagem do imaginário, foram feitas oficinas do desenvolvimento da narrativa, através de rodas de leitura e desenvolvimento textual. Com o intuito de trabalhar a inteligência coletiva, os textos produzidos pelos alunos, eram lidos em sala, e cada aluno opinava no trabalho do colega, seja criando personagens ou fazendo a ligação dos cenários para o desenvolvimento do jogo. A fim de testar a eficiência do trabalho na análise da qualidade
textual da narrativa foram comparados textos do início e do final do trabalho, feitas as contagens de palavras de cada texto e o aparecimento de palavras novas na maioria dos textos, através de um código phyton, para comprovar o aumento do vocabulário e do imaginário dos alunos envolvidos.

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Descrição

Motivação

A falta da aprendizagem efetiva dos alunos da região de Costa Barros e a inexistência de aparato cultural que possa desenvolver de fato o indivíduo de forma integral, me fez procurar alternativas que pudessem intervir de modo favorável para o desenvolvimento cognitivo dos alunos.

Para o desenvolvimento do game inteligente, se faz necessário dar um suporte ao imaginário e ao vocabulário dos discentes envolvidos, provocando um desenvolvimento cognitivo do aluno, além disso promover uma aproximação do ambiente virtual de forma a utilizar  para pesquisa e aprimoramento de seus conhecimentos.

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Objetivos

Desenvolver o imaginário e o vocabulário dos alunos, para que sejam capazes de programar games inteligentes e de disseminar o conhecimento na região.

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Proposta

Segundo Seminério, “o problema da criança carente, supostamente fadada a se tornar um adulto portador de algum déficit intelectual, é um problema ético e ao mesmo tempo político, pois que parece ser o caminho capaz de perpetuar as grandes diferenças entre as pessoas e principalmente entre os membros de classes sociais sendo portanto a alavanca capaz de instrumentar a divisão entre dominadores e dominados, nas sociedades humanas.”

Na busca pela diminuição das diferenças entre dominantes e dominados, acreditando ser possível uma sociedade igualitária, dei início a execução do projeto. A primeira etapa foi a procura de parcerias que pudessem proporcionar aos alunos da região uma educação inclusiva, que abrisse os horizontes e desenvolvesse uma educação científica. O Complexo da Pedreira, onde mora a maioria dos alunos de ambas as escolas, é um local abandonado pelo poder público e onde há ausência de cultura de mundo, prevalecendo apenas à violência e a exclusão em todos os sentidos.

Para propor uma mudança significativa na educação escolar e na vida dos alunos, a procura por teóricos que possam servir de base para o desenvolvimento do projeto foi fundamental. A técnica da elaboração proposta por Seminério, é utilizada em todas as etapas do trabalho onde há uma sequência decorrente de quatro linguagens na filogenêse humana, L1-a percepção, L2- a representação, L3 o imaginário e L4 a lógica. Segundo o autor a dificuldade na aprendizagem está na deficiência de suprimento do imaginário, ou seja, a linguagem L3. Para o desenvolvimento de um game inteligente, se faz necessário dar suporte na linguagem L3, para que o projeto tenha sucesso na evolução do imaginário dos alunos, foram propostos sub-pojetos e aula passeio, a ser desenvolvidos a longo do ano. Foi realizada aula passeio ao Jardim Botânico, o Projeto da Sala de Leitura e o desenvolvimento dos Experimentos de Ciências, além da exibição de vídeos.

Resultados

Maior número de empréstimos de livros, diminuição na ausência das aulas, desenvolvimento da narrativa, maior interesse pelas atividades escolares e diminuição da indisciplina e expansão da perspectiva de vida dos alunos.

Publicações

Participantes

Ana Paula Cavadas - Especialista do projeto

Carlo Emmanoel Tolla de Oliveira - Engenheiro apoiador

Carla Verônica Machado Marques - Psicóloga apoiadora

Claudia Lage Rebello da Motta - Engenheira apoiadora

Aparecida Gama Silva - Estudante desenvolvedor

Letícia Maria - Estudante desenvolvedor

Luiza Llssandra da Silva - Estudante desenvolvedor

Milene Tavares dos Santos da Silva - Estudante desenvolvedor

Melissa Alvarenga da Costa - Estudante desenvolvedor

Mauro Engracio dos Santos Silva- Estudante desenvolvedor

Henrique Augusto Ortega de Souza - Estudante desenvolvedor

Guilherme Eloy Correa - Estudante desenvolvedor

Felipe Rodrigues Ribeiro - Estudante desenvolvedor

Wallace Ivan Batista da Silva- Estudante desenvolvedor

Wesleyana Vitória Aquino de Souza- estudante desenvolvedor

Leonardo dos Santos - Estudante desenvolvedor

Madson Andrade - Desenvolvedor apoiador

Emanuelle Marques Pereira Simas- Iniciação Científica

Daniel dos Santos Chaves- Iniciação Científica

Jogo Executável

Em execução