As pessoas, geralmente, em suas lembranças pessoais, têm a certeza de que algum jogo o ajudou a aprender algo de maneira divertida.
Para Piaget (1946), o jogo é essencial na vida da criança, pois prevalece a assimilação. Através dele a criança se apropria daquilo que percebe da realidade e o autor ainda defende que o jogo não é determinante nas modificações das estruturas, mas que pode transformar a realidade.
Vygotsky (1984) fala do faz-de-conta, que as maiores aquisições das crianças são conseguidas no brinquedo, que no futuro se tornarão níveis básicos do real e da moralidade, que a criança projeta-se nas atividades adultas de sua cultura e ensaia seus futuros papéis e valores. Portanto, o brinquedo antecipa o desenvolvimento que só pode ser completamente atingido com assistência de seus companheiros da mesma idade e mais velhos. E ainda vê a aprendizagem como um processo social.
Observando a análise desses grandes teóricos podemos entender a importância do jogo no desenvolvimento humano. Vários posteriores teóricos continuam nos trazendo essas reflexões.
Para Mattar (2010) a escola não ensina as habilidades necessárias no século XXI, que são, entretanto, desenvolvidas jogando games e ainda separa radicalmente prazer e aprendizagem.
Os jogos são atraentes porque são adaptáveis, gratificam o ego, pois envolvem situações de vitória, conflitos, competição, desafio e exposição. Além disso, estimulam a criatividade através da resolução de problema; a interação com a formação dos grupos sociais (Tarouco, 2005; Tarouco apud Cunha & Santos, 2002).
Tarouco (2005) pontua alguns fatores que tornam os jogos atraentes (Tarouco apud Cunha & Santos, 2002):
A autora acrescenta que tecnologias têm produzido mudanças expressivas na inteligência, na percepção, na cognição e nos processos mentais. A mudança cognitiva direciona para a “neuroplasticidade[1]” e para a “atenção a múltiplos processos”.
O aspecto lúdico, que o jogo utiliza, influencia o desenvolvimento da criança e é através do jogo que a criança aprende agir, pois sua curiosidade é estimulada e adquire iniciativa e autoconfiança.
O jogo está relacionado à imaginação infantil e como apresenta Seminério (1997) é possível constatar que o contexto em que se desenvolve a imaginação infantil é uma evolução partindo do egocentrismo direcionando-se para uma crescente socialização.
A seguir, mais de Tarouco (2005) sobre os jogos computadorizados.
O que aprendem?
Como aprendem?
Por que aprendem?
As estratégias do jogo permitem os binôminos de avançar e recuar; causa e efeito; respostas imediatas ou não e, também, superação de obstáculos a partir de uma ordem, de uma regra, da motivação e da perseverança.
Onde aprendem?
Os diferentes contextos são os lucros da aprendizagem, tais como no próprio ambiente do jogo, nas metáforas culturais, na realidade cultural e na imersão do jogo.
Quando ocorre a aprendizagem?
A aprendizagem ocorre nas decisões certo x errado, nas recompensas e punição do jogo. Nesse processo, ele cria estratégias cognitivas que poderão ser aplicadas a outras situações.
A abordagem pedagógica dos jogos educativos está na “exploração autodirigida”, em vez de na “instrução explícita e direta”.
Fatores relevantes em jogos:
Evolução dos jogos
Com o desenvolvimento dos recursos computacionais, é possível integrar textos, imagens de vídeo, som, animação e mesmo interligação da informação numa sequência não linear, implementando assim, o conceito de multimídia e hipermídia.
Os jogos via Web são meios atraentes e motivadores num ambiente de aprendizagem e em especial na Educação a Distância, que necessita estimular o estudante trabalhar mais tempo de forma independente.
O portal HSM, Lisboa (2011) apresenta que com uma participação cada vez maior na indústria de jogos, os games online já representam um terço do mercado total de entretenimento no mundo.
A plataforma que utilizamos nesse curso é desse seguimento que são classificados como Jogos Colaborativos.
Created by lujasmin at 05/08/2012 às 20:52
Updated by carlo at 09/08/2012 às 12:37
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